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Nelson Mandela: de prisioneiro a presidente

30/07/2018

Crédito das Fotos: Caroline Ribeiro
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Fortaleza, capital do Ceará, foi a única capital do país escolhida para receber a exposição inédita do centenário do nascimento de Nelson Mandela (18/07/1918). O Centro Dragão do Mar recebeu nos dias 23 a 31 de julho milhares de visitantes que foram conhecer a história deste líder mundial. Essa exposição foi concebida pelo Museu do Apartheid, de Johannesburgo, África do Sul, em 2008. E sua abertura ao público brasileiro se deu graças a uma parceria entre o Instituto Dragão do Mar e o Instituto Brasil África, e conta com patrocínio da Secretaria de Cultura do Ceará. Tive o privilégio e a alegria de visitar esta exposição na cidade em que resido, Fortaleza. E no dia em que lá estive, guardei em minha memória, a frase de Nelson Mandela, citada pela pessoa que nos guiou na exposição: Depois de escalar uma grande montanha apenas se descobre que existem muitas outras montanhas para escalar.

Mandela: De Prisioneiro a Presidente – é o nome desta exposição que revela em 50 painéis com fotos e 9 peças audiovisuais a vida e a trajetória deste líder sul-africano. Todo este material apresenta o começo da atividade política de Mandela contra o regime do apartheid do governo sul-africano, passando pelos 27 anos de prisão, pelo recebimento do Prêmio Nobel da Paz em 1993, até a sua eleição como primeiro presidente negro da África do Sul, em 1994.

A exposição apresenta a vida de Nelson Mandela em seis temas: a pessoa, o camarada, o líder, o prisioneiro, o negociador e o estadista. Como pessoa, Nelson Mandela é inspiração para milhões de pessoas devido à qualidade do seu caráter. Uma pessoa que compreendeu, como poucos, e tinha como virtudes a compaixão, a coragem, a integridade e a esperança. Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou, afirmava Nelson Mandela.

Após ingressar no Partido Congresso Nacional Africano (ANC, sigla em inglês), em 1943, Mandela e seus jovens camaradas Oliver Tambo, Walter Sisulo e Anton Lembede acreditavam que a luta pela libertação poderia ser liderada somente pelos negros africanos. O grupo era considerado suspeito pelos camaradas de outras etnias e Mandela os via com cautela. Com o tempo, esta pequena oposição africanista mudaria definitivamente. Ser livre não é apenas descartar as cadeias, mas viver de uma forma que respeite e aumente a liberdade dos outros, afirmava Nelson Mandela.

A liderança de Mandela caracterizou-se pelo seu ar natural de autoridade e pelo poder de magnetizar multidões. Um líder de massas nato e figura central no pensamento e elaboração de estratégias. Mandela afirmou que, algumas vezes, era preciso que uma pessoa fosse a público com uma ideia forte e empurrasse toda uma organização relutante na direção que você deseja ir. Um dia eu serei o primeiro presidente negro da África do Sul, afirmava Mandela.

Até o dia de sua libertação, em fevereiro de 1990, a vida de Nelson Mandela foi marcada por restrições recorrentes, períodos na cadeia, vida na clandestinidade e, enfim o aprisionamento. O que Mandela aprendeu neste período de constantes restrições e como ele e seus camaradas transcenderam às provações na Ilha Robben? O regime do Apartheid estava determinado a controlar, distorcer, enfraquecer e até apagar a memória das pessoas, afirmava Nelson Mandela.

Durante sua viagem pela África, em 1961, Mandela conheceu no Marrocos o coronel Boumedienne, do exército da libertação argelina. O encontro rendeu a Mandela a importante lição sobre a conciliação de interesse e necessidades como algo fundamental para a construção de um ambiente de convivência harmônico. Este foi um dos marcos que definiu sua fama de hábil negociador. Se não iniciar um diálogo breve, ambos os lados mergulharão em uma noite escura de opressão, violência e guerra, afirmava Mandela.

Em 10 de maio de 1994, após três séculos e meio de colonialismo e apartheid, dezenas de milhares de pessoas reuniram-se no Union Buildings, em Pretória, para testemunhar a posse de Nelson Rolihlahla Mandela como o primeiro presidente eleito democraticamente na África do Sul. Neste dia, Nelson Mandela transformou-se em um dos maiores estadistas dos tempos modernos. Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração, afirmava Nelson Mandela.

Para concluir, cito a declaração de Christopher Till, diretor do Museu do Apartheid, de Johannesburgo, por ocasião de sua visita às instalações no Centro Dragão do Mar: A exposição mostra como Mandela construiu uma nova nação a partir dos fragmentos de conflito, aproveitando plenamente as armas à sua disposição: amor, persuasão, perdão e perspicácia política aguda.


Autor(a): Dóris Kieslich Cavalcante - Catequista Emérita - Com. Fortaleza
Âmbito: IECLB / Sinodo: Espírito Santo a Belém
Área: Missão / Nível: Missão - Sociedade
Natureza do Texto: Artigo
ID: 48109

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