Jornal Evangélico Luterano

Ano 2018 | número 822

Quinta-feira, 28 de Março de 2024

Porto Alegre / RS - 07:35

Diversidade

O racismo continua no ar!

O racismo ainda existe no Brasil, está presente em toda a sociedade e, também, na Igreja. Em uma sociedade multiétnica, cada indivíduo é tentado a se achar superior ao seu próximo para ter algum valor. O racismo nos afasta da proposta de Deus para conosco, suas criaturas. Somos pessoas criadas e chamadas por Ele a viver em comunhão. Portanto, a discriminação de uma pessoa por causa da cor da sua pele e do seu tipo de cabelo é pecado.

Ciente disso, a Direção da IECLB se manifestou contra o racismo em um posicionamento oficial, em 1992, Manifesto Deus não é racista: ‘[...] Discriminação racial equivale a desprezo ao Deus Criador  [...]. Também em 1997 lançou o Tema Aqui você tem lugar, acompanhado pelo Lema Bíblico de Efésios 2.19: Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos e sois da família de Deus. Também naquela década apoiou o projeto Abrindo as portas da Igreja, da, hoje, Faculdades EST. Então, fica a pergunta: O racismo ainda resiste entre nós?

Na época em que esses três passos foram dados, vivíamos uma realidade que mudou com a popularização da Internet. As pessoas se olhavam mais e interagiam mais ‘em carne e osso’ e não virtualmente. Com o advento das Redes e Mídias Sociais, como Facebook, Twitter Instagram e WhatsApp, relacionamentos não presenciais cresceram. Cresceu também a anonimidade. Pessoas escondem a sua identidade e publicam o que bem entendem. De forma anônima ou não, praticam bullying ou racismo. Um exemplo disso é o que aconteceu com apresentadoras de TV e artistas negras hostilizadas via Internet, ou seja, os tempos mudaram com a Internet no ar... e o racismo também continua no ar.

Por esse motivo, cada pessoa precisa perguntar a si mesma: Sou racista? Evito o convívio com pessoas de determinada etnia, raça ou cor? Incomoda ver essas pessoas prosperando ou fazendo sucesso? Aceitaria que uma pessoa de outra etnia casasse com o meu filho ou a minha filha? A resposta precisa ser sincera. Não aquela que é dada quase que automaticamente quando a pergunta é feita em público, mas aquela afirmação que fazemos em oração quando confessamos a Deus os nossos pecados.

É preciso confessar a Deus o pecado do racismo, pois é um fardo que se adquire ao longo da vida e que atrapalha a caminhada da pessoa que quer dar um testemunho cristão. Quem reconhece que é racista dá um grande passo rumo a uma vida liberta deste mal que separa do seu próximo. Por este motivo, como Igreja, não podemos deixar de falar sobre o racismo, por mais dolorido que seja, para que mais pessoas se abram para amar o seu semelhante, assim como o Evangelho nos chama. 

P. José Alencar Lhulhier Júnior | Ministro na Paróquia de Taió/SC

PRONUNCIAMENTO

 

Deus não é racista

Do ponto de vista cristão, não há como justificar racismo de qualquer tipo. Deus criou um mundo multiforme, em que cada peça tem a sua característica.

Diversidade é a marca da Criação, mas é uma diversidade na mesma dignidade. Nenhum ser humano, por pertencer a outra raça, cultura ou sexo, é inferior ou menos valioso.

O propósito de Deus não está na segregação de grupos e categorias humanas, mas, sim, na complementação de uns pelos outros e no serviço mútuo, usando cada qual o dom que recebeu.

Discriminação racial equivale a desprezo ao Deus Criador, que moldou a Criação assim como a fez e que por amar a ela deu o seu Filho Unigênito.

Manifesto Deus não é racista (1992)

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